Intervenção “Mr. Planet” em Amsterdã / Holanda
Mesmo numa das cidades mais sustentáveis do mundo, onde reinam soberanas as balsas sobre a água, os trens e as bicicletas, após grandes incentivos do governo e a reorganização do trânsito na cidade, o impacto do homem existe. Mesmo lugares em risco são culpados pela situação do planeta. A Holanda é um dos países que mais usam pesticidas por hectare. Os mesmos pesticidas que mantêm lindas estas tulipas são os que estão envenenando o ártico e outras regiões da Terra. Entretanto, o mundo talvez tenha muito a aprender com a mobilidade urbana de Amsterdã, observando os acertos que lhes fizeram atenuar alguns erros do passado.
Geograficamente a Holanda faz parte dos chamados Países Baixos, que se encontram abaixo do nível do oceano. O país gasta milhões todos os anos para conter o avanço das águas do mar do Norte. São cerca de 16 000 km de diques que controlam o nível das águas. Amsterdã, por enquanto, pode pagar a conta para conter as águas dos oceanos, mas e os países mais pobres? Conseguirão fazer o mesmo? Maldivas, Tuvalu e Bangladesh são lugares completamente condenados. O que vamos salvar? E o que abandonaremos? Ainda não sabemos… Outros seres talvez não possam fazer as mesmas escolhas que nós e seus destinos talvez sejam mais dramáticos e incertos.
Em frente à Estação Central de Amsterdã, instalamos um boneco inflável que metaforicamente simboliza o Planeta e perguntamos às pessoas o que elas faziam pelo “Mr. Planet”?
Algumas observavam, esmurravam, faziam fotos, o agrediam, o cercavam e o abraçavam… Mas o sentimento mais comum com a situação do Planeta ainda é a indiferença… Entretanto, alguns lhe dão amor, o envolvem e o protegem. Se o planeta fosse um indivíduo, estaria ele feliz?
A elevação do nível dos oceanos é uma verdade inconveniente e Amsterdã não estará imune. O país só poderia criar, a um custo aceitável, meios tecnológicos para solucionar uma elevação de até 5m. Em determinado momento do avanço dos oceanos as soluções de engenharia se mostrariam incapazes de conter as águas.
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